Governo enfrenta resistência no Congresso com pacote de cortes

Escrito porGilberto S. em

Brasília, 29 de novembro de 2024 — O governo federal está enfrentando resistência no Congresso Nacional para aprovar um pacote de cortes orçamentários destinado a equilibrar as contas públicas. As medidas propostas incluem redução de subsídios, cortes em programas sociais e congelamento de reajustes salariais para servidores públicos. O objetivo é conter o crescimento da dívida pública, que ultrapassou 80% do PIB nos últimos meses.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, argumenta que os ajustes são necessários para evitar desconfiança do mercado internacional e controlar a inflação. Ele afirmou que, sem essas ações, o país pode enfrentar dificuldades para captar recursos. Haddad também mencionou que o pacote fiscal não é o “gran finale” dos esforços de ajuste e que novas medidas podem ser discutidas em breve.

No entanto, as propostas enfrentam oposição significativa no Congresso. Parlamentares de diversas frentes criticam os cortes em áreas como saúde, educação e assistência social. Líderes da oposição classificaram o pacote como um “ataque às conquistas sociais” e prometeram mobilizações para impedir sua aprovação. Alguns membros da base aliada exigem contrapartidas antes de apoiar as medidas.

Organizações da sociedade civil também expressaram preocupações, alertando para o aumento das desigualdades e a deterioração dos serviços públicos. Protestos começaram a surgir em várias cidades, com sindicatos e movimentos sociais prometendo intensificar as manifestações nas próximas semanas.

Em resposta às críticas, os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, sinalizaram apoio ao pacote fiscal, mas destacaram que a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até 5 mil reais mensais será discutida posteriormente e condicionada à existência de espaço fiscal.

O governo está em negociações com líderes partidários para ajustar o texto do pacote e garantir sua aprovação. Fontes indicam que o Executivo está disposto a fazer concessões para suavizar os cortes em áreas sensíveis, na tentativa de obter apoio suficiente. As primeiras votações relacionadas ao pacote estão previstas para a próxima semana, mas o clima de incerteza persiste.

A discussão sobre o pacote de cortes destaca o desafio de equilibrar a necessidade de ajustes fiscais com os impactos sociais das medidas propostas. O desenrolar desse debate será crucial para determinar os rumos da política econômica e social do país nos próximos anos.

Reações ao pacote fiscal do governo

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