Um conjunto de eventos sem precedentes, gerado pela pandemia do coronavírus, transformou o panorama econômico mundial em um palco de incertezas e desafios com os índices econômicos.
O Brasil, assim como muitos outros países, experimentou quedas acentuadas em muitos dos seus principais indicadores econômicos.
Porém, à medida que a pandemia vai sendo controlada, uma retomada econômica começa a se fazer notar através de índices que sinalizam um futuro mais positivo.
Inflação e Taxa Selic
Historicamente, a inflação e a taxa Selic andam de mãos dadas. A taxa Selic, usada pelo Banco Central para controlar a inflação, determina o custo do crédito no país.
Em 2023, devido a pressões inflacionárias, pudemos observar a Selic agravando-se de 2% para 5,25%. Esse cenário tende a refletir no custo do crédito, e consequentemente, na economia como um todo.
A inflação é o aumento generalizado dos preços de bens e serviços em uma economia durante um período de tempo. Quando o nível geral de preços sobe, cada unidade de moeda compra menos bens e serviços.
Portanto, a inflação reflete a diminuição do poder de compra da moeda: uma perda do valor real do meio interno de troca e unidade de medida de uma economia.
Uma medida principal da inflação é a taxa de inflação, a taxa percentual anual em que um índice de preços geral, normalmente o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), aumenta.
A taxa Selic é a taxa básica de juros de uma economia, definida pelo Banco Central do Brasil (Bacen). Ela é a principal ferramenta de política monetária usada pelo Bacen para controlar a inflação.
Quando a inflação está alta, o Bacen pode aumentar a taxa Selic para tentar reduzi-la. Com os juros mais altos, o crédito fica mais caro e a quantidade de dinheiro circulando na economia tende a diminuir.
Com menos dinheiro circulando, a tendência é que os preços caiam ou deixem de subir tanto, o que pode reduzir a inflação.
Por outro lado, quando a inflação está baixa ou a economia está em recessão, o Bacen pode reduzir a taxa Selic para tentar estimular o consumo e a atividade econômica.
om os juros mais baixos, o crédito fica mais barato, o que pode incentivar o consumo e o investimento, o que, por sua vez, pode ajudar a estimular a economia.
Porém, é válido ressaltar que a relação entre a taxa Selic e a inflação não é a única variável que influencia a economia.
Fatores estruturais, choques de oferta e demanda, variações cambiais, entre outros elementos, podem impactar o comportamento da inflação independente da taxa Selic.
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Trajetória da Inflação nos últimos 12 meses
Os últimos 12 meses revelaram aceleração da inflação brasileira. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
De agosto de 2022 a agosto de 2023, a inflação acumulada foi de 9,68%, a maior taxa desde 2003. Este aumento é atribuído a diversos fatores, incluindo alta do dólar, crise hídrica e aumento de custos internacionais.
Como um modelo de linguagem AI, eu não tenho acesso a dados em tempo real e atuais, então eu não consigo fornecer informações sobre a trajetória da inflação nos últimos 12 meses até a data atual.
No entanto, eu posso dizer que a trajetória da inflação pode variar dependendo de uma série de fatores, incluindo políticas governamentais, demanda do consumidor, taxas de juros e outros fatores econômicos.
Por exemplo, se um governo decidir imprimir mais dinheiro, isso pode levar a uma maior inflação. Por outro lado, se o banco central aumentar as taxas de juros, isso pode potencialmente reduzir a inflação.
Para obter dados de inflação mais recentes e precisos, você pode consultar o site de institutos de pesquisa econômica, bancos centrais ou órgãos governamentais responsáveis por recolher essas informações.
Como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Brasil ou o Bureau of Labor Statistics nos Estados Unidos. Eles publicam regularmente informações atualizadas sobre inflação, PIB, desemprego e outros indicadores econômicos.
Balança Comercial nos Índices Econômicos
A Balança Comercial também sofreu impactos com a crise sanitária, mas foi um dos indicadores que mais se recuperou e contribuiu para que a economia brasileira se mantivesse sustentável.
A alta dos preços das commodities no mercado internacional possibilitou saldos comerciais recordes, favorecendo a recuperação financeira do país.
A balança comercial é um indicador econômico que registra a diferença entre as importações e exportações de um país em um determinado período de tempo.
Se um país exporta mais do que importa, diz-se que tem um superávit comercial. Se importa mais do que exporta, tem um déficit comercial.
Os produtos podem incluir bens tangíveis como carros, máquinas, matérias-primas e alimentos, e serviços como turismo e serviços financeiros.
A balança comercial é uma parte significativa da balança de pagamentos de um país, que registra todas as transações econômicas entre residentes de um país e o resto do mundo.
Uma balança comercial positiva pode ser vista como uma coisa boa porque sugere que a demanda por produtos do país é forte.
No entanto, um superávit comercial pode também levar a que o país dependa excessivamente das exportações ou que os seus consumidores não estejam a consumir o suficiente.
Da mesma forma, um déficit comercial não é necessariamente uma coisa ruim, pois pode indicar que os consumidores do país têm acesso a uma ampla gama de produtos estrangeiros.
Índices econômicos de desemprego
O índice de desemprego, por outro lado, tem sido um desafio maior para a retomada econômica. Segundo dados do IBGE.
O desemprego no Brasil chegou a 14,6% no primeiro trimestre de 2021, atingindo quase 15 milhões de pessoas, o maior número desde 2012.
Os índices econômicos de desemprego são medidas que permitem avaliar o número de pessoas em um determinado território que estão sem trabalho, mas que estão ativamente à procura de um emprego.
Esses índices são componentes fundamentais da análise de um mercado de trabalho e são usados para monitorar a saúde econômica de um país ou região.
Entre os índices econômicos de desemprego mais comuns estão:
1. Taxa de desemprego: Esta é a mais comum forma de medir o desemprego. É a percentagem de pessoas no mercado de trabalho que estão sem emprego, mas estão procurando ativamente por um.
2. Taxa de participação na força de trabalho: Esta é a percentagem de pessoas em idade ativa que estão empregadas ou estão à procura de trabalho.
3. Taxa de desemprego de longo prazo: Este índice mede a percentagem de desempregados que estão sem trabalho há 27 semanas ou mais.
4. Taxa de subemprego: Esta taxa inclui pessoas que estão empregadas a tempo parcial, mas gostariam de trabalhar a tempo inteiro, bem como aqueles que estão desempregados e procurando trabalho.
5. Taxa de desemprego por educação, experiência, raça, etc.: Estes índices fornecem uma visão detalhada do desemprego em diferentes segmentos da população.
6. Taxa U6: Este é um índice mais amplo de subutilização da força de trabalho. Inclui todos os trabalhadores desencorajados, todos os outros trabalhadores marginamente ligados à força de trabalho.
E o total de trabalhadores empregados a tempo parcial por razões econômicas como percentagem da força de trabalho civil + todos os trabalhadores marginamente anexados.
(Os trabalhadores desencorajados são aqueles que não estão atualmente à procura de trabalho porque acreditam que não há empregos disponíveis para eles).
Todos estes índices são vitais para analisar a saúde de uma economia e para fazer previsões econômicas. A recessão, por exemplo, é geralmente acompanhada por um aumento nas taxas de desemprego.
A taxa de desemprego também pode afetar a política monetária, portanto, o banco central de cada país mantém um olho próximo nesses números.
Índices econômicos do Produto Interno Bruto (PIB)
A economia brasileira, medida pelo PIB, também apresentou recuperação no segundo trimestre de 2023, isto faz parte dos indíces econômicos.
Segundo o IBGE, o PIB brasileiro cresceu 1,2% em relação ao primeiro trimestre, segundo dados ajustados sazonalmente, sinalizando uma retomada gradual da economia.
O Produto Interno Bruto (PIB) é um dos principais indicadores econômicos usados para mensurar a atividade econômica de uma região (geralmente países).
Ele representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região durante um determinado período. Existem três formas de se medir o PIB:
1. PIB nominal: É o conceito mais simples e bruto do PIB. Ele não leva em conta a inflação, ou seja, os preços correntes (do ano em que o cálculo está sendo feito) são usados na conta. É o valor do PIB em moeda corrente.
2. PIB real: É a métrica em que se leva em conta a inflação no período analisado. Desta forma, temos um indicador mais realista do crescimento da economia, já que desconsidera o aumento de preços no cálculo.
3. PIB per capita: É o PIB total de uma região dividido pela sua população. Esse indicador é muito importante para avaliar o nível de riqueza de uma região, ou seja, quanto cada habitante teria se o PIB fosse distribuído de forma igual.
Há também outros índices relacionados ao PIB como:
4. PIB a preços de mercado: É o total dos valores adicionados pelos vários setores da economia mais os impostos sobre produtos, não inclui subsídios.
5. PIB a custo de fatores: É o PIB a preços de mercado, mas exclui impostos sobre produtos e inclui subsídios.
6. PIB potencial: É uma medida teórica do quanto um país poderia produzir se estivesse operando em plena capacidade.
7. PIB nominal per capita: É o PIB nominal divido pela população do país.
8. PIB ppp (paridade do poder de compra): É um método alternativo ao uso das taxas de câmbio para comparar o PIB dos diferentes países. Além do valor da produção, leva em consideração o custo de vida e as inflações dos países.
9. Taxa de crescimento do PIB: É a variação percentual entre o PIB de um certo ano em relação ao ano anterior.
10. Taxa de variação real do PIB: É a variação percentual entre o PIB de um certo ano em relação ao ano anterior, considerando o efeito da inflação.
Esses índices são fundamentais para a análise econômica e para a definição de políticas públicas.
Principais mudanças e vantagens dos índices econômicos
A retomada econômica após a crise sanitária evidencia mudanças no panorama econômico brasileiro.
O mercado de trabalho apresenta um aumento na informalidade.
Ao mesmo tempo, a digitalização emergente revela novas oportunidades.
Várias empresas, forçadas a fechar suas portas físicas, ampliaram ou criaram suas operações online, criando um novo comércio digital mais vigoroso.
Conclusão sobre os índices econômicos
Apesar dos desafios impostos pela crise sanitária, é possível observar uma retomada econômica no Brasil.
O crescimento do PIB, o saldo positivo na balança comercial e a adesão ao mercado digital são sinais promissores de recuperação.
Entretanto, desafios como o aumento da inflação e do desemprego ainda requerem atenção e estratégias bem aplicadas para garantir uma retomada sólida e duradoura.